segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Santos e Pecadores

Leia com calma o trecho do Evangelho de Marcos, no capítulo 2:

15. E aconteceu que estando sentado à mesa em casa deste, também estavam sentados à mesa com Jesus e seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque eram muitos e o tinha seguido.

16. E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que como e bebe ele com o publicanos e pecadores?

17. E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim s doentes; Eu não vim chamar os justos, mas, sim os pecadores ao arrependimento.


Certo,
Você leu com cuidado?

Quem você é?

Você se considera um Justo ou Pecador?

Pense...

Pense bem,

porque você pode correr o risco de não mais ouvir o chamado do Médico Jesus.


Ao Pai de Jesus toda glória!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ano de 2011

Bom, tenho sempre o desejo de compartilhar meus pensamentos. Tentei fazer isto nos anos anteriores, mas faltou-me disciplina para tanto.



Descobri que é possível superar os contratempos de escrever, escrevendo suscintamente. As vezes faço um sermão inteiro, mas neste ano de 2011 escreverei diariamente pequenas porções de reflexões.



Assim, desejo a todos amigos e amigas um feliz ano de 2011, e espero vocês lá.



Ao Pai de Jesus seja toda glória!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tente respirar a Graça

Desejo (re)começar este projeto, para isso, deixo-lhes Ricardo Gondim, um suspiro sobre a doçura da Graça:

Graça liberta do imperativo de dar certo.

O Sermão da Montanha começa felicitando pobres em espírito, chorosos, mansos e perseguidos. Os triunfantes não podem se gloriar de serem mais privilegiados do que os malogrados.

Graça revela um Deus teimosamente insistindo em permanecer do lado de quem não conseguiu triunfar; até porque a companhia de Deus não significa automática
reversão das adversidades.

Graça permite o autoexame,
a análise das motivações mais secretas da alma, sem medo.

Na série de afirmações sobre ódio, adultério, divórcio e vingança, Cristo deixou claro que ninguém pode se vangloriar quando desce às profundezas do coração. No nível das intenções, todos são carentes. O olhar sutil indica adultério. O ódio despistado revela homicidas em potencial.

A vingança disfarçada contamina as ações superficiais. Lá onde brotam as fontes das decisões, tudo é confuso vícios e virtudes se confundem.

Somente com a certeza de que não haverá rejeição é possível confrontar os intentos do coração para ser íntegro.

Graça convida a amar.

Jesus afirmou que Deus “faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos”. Para revelar sua bondade, Deus não precisou ser convencido a querer bem. Deus não faz acepção de pessoas, o seu amor não está condicionado a méritos.

Quando as pessoas são inspiradas por gratidão, reconhecimento e admiração por tão grande amor, se sentem impulsionadas a imitá-lo.

Deus surpreende por dispensar bondade sem contrapartida de virtude. Assim, na improbabilidade de os seres humanos se mostrarem graciosos, os discípulos devem almejar a única virtude que pode torná-los perfeitos como Deus, o amor.

Graça é convicção de que o acesso a Deus não depende de competência.

Quem acredita que será aceito pelo tom de voz piedoso ou pela insistência em repetir preces nega a paternidade divina. Antes de pedirmos qualquer coisa, Deus já estava voltado para nós.

Os exercícios espirituais não precisam ser dominados como uma técnica, mas desenvolvidos como uma intimidade. O secreto do quarto fechado representa um convite à solitude, à tranquilidade que não acontece com sofreguidão.

Graça libera energia espiritual
que pode ser dirigida ao próximo.

Buscar o reino de Deus e sua justiça só é possível porque não é preciso preocupar-se com o que comer e vestir e por jamais ter de bater na porta do sagrado para conquistar benefícios particulares.

Basta atentar para os lírios do campo e pardais para perceber que as ambições devem escapar à mesquinhez de passar a vida administrando o dia-a-dia.

Graça devolve leveza
para que os filhos de Deus sintam-se à vontade em sua presença, como meninos na casa dos avós.

Graça libera as pessoas para se tornarem amigas de Deus, em vez de vê-lo como um adestrador inclemente.

Graça não permite delírios narcisistas. Nenhuma soberba se sustenta diante da percepção de que Deus aposta na humanidade e ainda se convida a cear entre amigos.

Graça distensiona o culto porque avisa:
tudo o que precisava acontecer para reconciliar a humanidade com Deus foi concluído: “Consumado está”.

Portanto, enquanto a graça não for redescoberta de fato como a mais preciosa verdade da fé, as pessoas podem até afirmar que foram livres, mas continuarão presas à lógica religiosa das compensações. Devedores, jamais entenderão que o reino de Deus é alegria.

A graça liquida com pendências legais. Não restam alegações a serem lançadas em rosto : “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus?”.

A religiosidade legalista insiste que é perigoso falar excessivamente sobre a graça. Anteparos seriam então necessários para proteger as pessoas da liberdade que a graça gera.

Mas o amor que tudo crê, tudo espera e tudo suporta não aceita outro tipo de relacionamento senão abrindo espaço para que haja amadurecimento.

Deus ama assim, e o Sermão da Montanha não deixa dúvidas de que todo discurso sobre o reino de Deus deve começar com graça.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Trecho de Rubem Alves

"Deus - não importa quem ele ou ela seja - nos criou pássaros. Perdidas as nossa asas, o desejo do vôo permanece na alma como sentimentos puro, nostalgia, sobre a qual somente os poetas podem falar - porque eles têm a graça de falar sem aprisionar.
A essa nostalgia do vôo, a esse espanto perante o mistério da vida, a essa capacidade de se comover diante da beleza dou o nome de "sentimento religioso". O poeta William Blake, um místico sem religião, o descreveu como: "Ver um Mundo num Grão de Areia e um Céu numa Flor Silvestre.
Ter o Infinito na palma da sua mão e a Eternidade numa hora..." E esse sentimento pode acontecer mesmo naqueles que não acreditam em Deus. Pois o que é acreditar em Deus? É ter idéias sobre Deus em nossa cabeça. Mas os textos sagrados desprezam o "acreditar em Deus". O apóstolo Tiago observa: "Tu crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios acreditam e estremecem ao ouvir o seu nome..." As religiões são as cascas vazias que as cigarras deixam sobre as árvores. A Religião é a repressão sutil das grades de idéias que aprisionam o pássaro. "

Esse trecho do livro Religião e Repressão, de Rubem Alves, mexe muito comigo. Acredito que essa leitura serve para todos. Todos que sentem-se presos nas gaiolas da religião que aprisionam o vôo dos pássaros.

Colocarei partes deste livro aqui, aguardem...

Ao Pai de Jesus seja a glória!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Deus e o Diabo no Haiti

Tive o prazer de ler a coluna do Veríssimo no Jornal "O Globo" do dia 17/02/2010.
Não poderia deixar de reproduzi-la aqui, pois parece que poucos cristãos tiveram a sensibilidade para escrever sobre o assunto como esse autor.

segue o texto:

"O evangélico Pat Robertson, um dos líderes da direita religiosa americana, tem uma explicação para as desgraças no Haiti que culminaram com esse terremoto demolidor. Um dos países mais miseráveis do mundo, com uma história ininterrupta de privações, violência e instabilidade política, o Haiti estaria pagando por um pacto que fez com o Diabo em 1804, quando pediu sua ajuda para expulsar os colonizadores franceses e tornar-se uma república. Desde então, os haitianos viveriam sob uma maldição.
O terremoto, segundo Pat Robertson, é apenas o castigo mais recente. Mas o religioso pediu a seus fiéis que rezassem pelos haitianos. E, presumivelmente, pedissem a Deus que esquecesse velhos ressentimentos e desse-lhes uma folga.
Se o Diabo ajudou mesmo os haitianos contra os franceses foi por uma causa nobre. O Haiti foi o primeiro país do mundo a abolir a escravidão, dando um exemplo que custou a ser seguido pelos outros. A república, também inédita, fundada depois da expulsão dos franceses, era de ex-escravos, e acolhia escravos fugidos ou alforriados de outros países.
E se Deus os castigou por esta audácia, não foi o único. A França exigiu e recebeu reparação pela colônia perdida, o que aleijou a economia da nova república por muito tempo.
A vizinhança como os Estados Unidos também não ajudou. Os americanos chegaram a ocupar o Haiti durante vinte anos, sem muito proveito para o país. Grandes negócios foram feitos na época dos ditadores Papa Doc e Baby Doc Duvalier, também sem muito proveito para o país.
Nos últimos tempos, apoiando e desapoiando líderes mais ou menos populares, os americanos têm tentado manter no Haiti uma democracia representativa mas não representativa demais, a ponto de armar politicamente uma massa de desesperançados, com risco de eles também convocarem o Diabo.
Agora não se sabe o que vai surgir dos escombros da tragédia.

OUTRO

O Deus vingativo de Pat Robertson certamente não era o Deus de Zilda Arns, que morreu no Haiti trabalhando pela causa da sua vida, a ajuda aos pobres e, principalmente, às crianças.
O seu era um Deus solidário. Infelizmente, pouca gente no mundo está disposta a fazer um pacto como o que Zilda Arns fez com este outro Deus.
Ela sobreviverá com uma exemplo e uma inspiração."

Acho que não preciso dizer mais nada, resta-nos pensar e depois agir.

Ao Deus de Jesus Cristo e de Zilda Arns seja toda glória!

sábado, 9 de janeiro de 2010

Fora da Graça, todo caminho é atalho

Comentário do Caio Fábio sobre Atos 5:
"Ananias e Safira foram mortos pela Liberdade na Graça. Tudo era deles (liberdade). Poderiam dar ou não (liberdade). escolheram usar a liberdade para a mentira (morte). Liberdade sem verdade, mata. E quem assim faz, se mata. Na Graça só há liberdade na verdade. Fora dela, toda liberdade é juízo; pois o que liberta é a Verdade. Assim, um avarento honesto ainda é melhor que um pseudo-generoso-mentiroso. O único dogma do Caminho é a fé que atua pelo amor. E seu único anti-dogma é a liberdade que escolhe a mentira. O primeiro dá vida. O segundo mata."
Queridos, assim como Pedro, no texto de Atos 5, não pediu que eles, Ananias e Safira, vendessem campo algum e muito menos que doassem o dinheiro, também não acredito que ninguém deva se rasgar em sincerismo ou auto-obrigar de se derramar, a menos que seja voluntário e próprio.

Afinal, o que matou Ananias e Safira não foi o egoísmo ou falta de generosidade.

Eles morreram porque fingiram (obrigaram-se) ser aquilo que não eram.

Minha posição é: a verdade de Ser seja a única coisa de interesse no caminho. Faça com coração (voluntariamente), pois caso contrário cairemos no erro do casal citado.

Logo, fora do caminho da Graça de Cristo, tudo é atalho para a morte.

Ao Deus de toda Graça seja toda Glória!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Amor: razão de tudo

Tenho a oportunidade de ouvir muitas músicas no meu trajeto trabalho-casa. Não é comum, mas um destes estava dirigindo e ouvi uma música do Jota Quest (versão do Roberto Carlos) Além do Horizonte.

Para minha surpresa Deus falou comigo com uma frase da música:
"... De que vale
O paraíso sem amor..."
Quando ouvi pensei, nossa isso tem tudo a ver com a minha fé!

Não se espante, mas tudo que fazemos a Deus deve ser feito gratuitamente, voluntariamente, ou seja, por amor. Pois sem amor nada vale, nem estar no paraíso. Até porque só irá para lá os que amam.

Conclui isso quando pensei que o Deus que sirvo possui uma definição bíblica: AMOR!

Depois desta experiência decidi amar mais, viver mais voluntariamente para Deus, sem obrigações ou medos, culpa ou coagido.

Eu sei que não existe nada que possa fazer para aumentar o amor de Deus por mim. Estou simplesmente retribuindo, na minha humanidade, todo esse amor demonstrado na Cruz.

Eu quero o paraíso não para escapar do inferno, mas porque lá habita meu Amor, meu Grande Amor.

então finalizo dizendo: "Para mim só vale o paraíso pelo Amor".

Ao Pai de Jesus de Nazaré toda glória!