sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Um momento meu

Tenho vivido a frustração com a religião. Por isso leio a carta abaixo como refúgio. Vejo que não estou sozinho nos meus pensamentos e compreensão do cristianismo.

Compartilho com você este maravilhoso texto:

Não temos medo de (re) pensar conceitos sobre Deus. Temos medo de não (re) amar como Cristo, quem na realidade não amamos: os mendigos, os pobres, os excluídos, os marginalizados, as crianças africanas.

Não temos medo de incertezas. Temos medo que nosso Amor deixe de ser nossa bandeira do Reino de Deus.

Não temos medo de não saber. Temos medo das certezas que prendem Deus a um esquema.

Não temos medo de questionar dogmas. Temos medo de que os dogmas impeçam a transformação de vidas.

Não temos medo do inferno. Temos medo de que nossas mãos se fechem, e não possam ajudar o nosso próximo a sair de sua existência-inferno. Ou pior, que as nossas próprias mãos sejam as quais o empurra para esta existência-inferno.

Não temos medo de devanear teorias loucas. Temos medo que a loucura desse mundo violento cegue nossos olhos a ponto de sempre que pararmos num semáforo, nesta cidade-sombria, fechemos nossos vidros para a sinceridade dos filhos da injustiça.

Não entendemos como problema sair do molde da teologia sistemática. Temos medo de sistematizar Deus e modela-lo a algum padrão.

Nós não temos medo de chorar por nós mesmos. Nós temos medo de que não mais choremos o choro dos outros.

Não sentimos culpas pelas nossas dúvidas. Mas pedimos que nos lembre sempre de amar como Cristo.

Não temos medo ter uma fé cheia de espelhos em enigmas e despedaçada, que não tem a precisão de uma fé "face a face". Temos medo de perder o que existe de mais precioso: Amar.

Não temos medo de balançar alicerces religiosos construídos por pensamentos humanos. Temos medo de perder a doçura e a simplicidade de Jesus.

Não temos medo de sermos rejeitados pela instituição. Temos medo da hipocrisia religiosa.

Não temos medo de sermos chamados de hereges. Temos medo de compactuar com o sistema religioso e seus interesses, e esquecermos de amar pessoas.

Não temos a pretensão que nossos argumentos tenham todos os versículos a favor, e assim entrarmos numa guerra de versículos. Temos medo que nós não cumpramos aquilo que Cristo chamou de o resumo da lei e dos profetas: Amar a Deus e ao próximo.

Não temos medo de nos manifestar a favor de alguém. Desde que esse alguém não se esqueça que o conceito central do cristianismo é o amor.

Aprendemos que não podemos ficar presos às amarras da religião e da instituição.

Aprendemos que Deus está acima da religião.

Aprendemos que no Reino não importa o que se pensa, importa o que se ama.

Aprendemos a olhar pessoas como "filhos de Deus", e amá-las incondicionalmente.

Aprendemos que qualquer um que tenta abrir os olhos de pessoas encabrestadas pela religião, acaba sendo queimado na fogueira da instituição.

Estamos seguros que o Verdadeiro Amor lança fora todo medo, e por isso não temos medo de caminhar com alguém que nos ensina a lidar responsavelmente com a liberdade do amor.

Essa foi a carta que os jovens da Igreja Betesda enviaram ao Pr. Ricardo Gondim para apoiá-lo na sua importante tarefa de (re) pensar a Igreja.

Ao Pai de Jesus seja toda Glória!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O chamado

O chamado do Senhor para você pergunta: você realmente aceita a mensagem de que Deus está perdidamente apaixonado por você? Creio que essa pergunta esteja no cerne da nossa habilidade de amadurecer e de crescer espiritualmente.

Se no nosso coração não cremos realmente que Deus nos ama como somos, se estamos ainda maculados pela mentira de que podemos fazer algo para que Deus nos ame mais, estamos rejeitando a mensagem da cruz.

A fé significa que você quer Deus e não quer querer mais nada. Mas isso você já ouviu e não causa mais efeito como antigamente.

Quando tomamos por certo o amor de Deus, nós o relegamos a um canto e roubamos dele a oportunidade de amar-nos de um modo novo e surpreendente, e a fé começa a murchar e encolher.

Quando me torno tão espiritualmente avançado que Abba é coisa superada, nesse ponto o Pai já foi passado para trás, Jesus foi domesticado, o Espírito emparedado e o fogo pentecostal extinguido.

A fé evangélica é o oposto de indiferença. Ela implica sempre numa profunda insatisfação com nossa presente condição.

Há na fé movimento e desenvolvimento. A cada dia há algo novo. Para ser cristão a fé tem de ser nova, isto é, viva e crescente. Não pode ser estática, finalizada, resolvida. Quando a Escritura, a oração, a adoração e o ministério tornam-se rotina, estão mortos.

O Senhor sempre nos diz: "Você tem o meu amor e você não tem de pagar por ele.
Você não o adquiriu e não tem como merecê-lo. Você tem apenas de abrir e recebê-lo. Você tem apenas de dizer sim ao meu amor, um amor muito além de qualquer coisa que você possa intelectualizar ou imaginar".

A ênfase não está na pecaminosidade dos filhos mas na generosidade do Pai. Pense nisso!

Ao Pai de Jesus seja toda honra e glória!